sábado, 27 de agosto de 2011

E fez-se a Luz!


in principio creavit Deus cælum et terram   
terra autem erat inanis et vacua et tenebræ super faciem abyssi
et spiritus Dei ferebatur super aquas
dixitque Deus fiat lux et facta est lux 
et vidit Deus lucem quod esset bona et divisit lucem ac tenebras


In the beginning God created the heaven and the earth.
And the earth was without form, and void; and darkness was upon the face of the deep.
And the Spirit of God moved upon the face of the waters.
And God said, let there be light: and there was light. 
And God saw the light, and it was good: and God divided the light from the darkness.



No princípio Deus criou os céus e a terra.
E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o 
Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

E disse Deus: Faça-se a Luz; e Fez-se a Luz.


E viu Deus que era boa a luz; 
e fez Deus a separação entre a luz e as trevas.






Fim

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

À espera de um milagre



Não conseguir começar a tão necessária atividade física ...
Continuar a sair sempre com os homens errados ...
Amar mais aos outros do que a si mesmo ...
Não saber nunca a hora de fechar a boca ...
Nunca conseguir dar limites a seu filho quando chega exausto do trabalho ...
Não saber dizer não ...
Sempre se preocupar mais com os outros do que consigo próprio ...
Sempre ofender e desmerecer seu parceiro apesar de amá-lo ...
Sempre descontar a raiva nas pessoas mais queridas ...
Todo ano dizer que vai começar a yoga, o pilates ... mas nunca começar!
Não conseguir parar de fumar ou beber ...

Repetir padrões que só nos trazem infelicidade e tristeza!

Cada ser humano tem uma coleção de atitudes que ele pratica repetidamente, sem desejar!

Por que isso?
Não seríamos seres racionais e inteligentes?
Grande paradoxo esse!
Por que é tão difícil nos desfazermos de maus hábitos?

Por que,  já munidos do necessário conhecimento para tal, nos boicotamos e continuamos a fazer o que nos faz infelizes?


Li uma frase fantástica dias atrás

Cometer erros não é errado - cometa todos os erros de que for capaz. É desse jeito que você aprenderá mais. Só não cometa o mesmo erro mais de uma vez: isso faz de você um tolo1

Resumindo, somos tolos ambulantes vagando por aí, cheios de culpas e frustrações por não pararmos de cometer sempre os mesmos erros e não conseguirmos mudar nossos padrões de comportamento, tornando-nos assim, cada vez mais infelizes e impotentes!

Descobri um importante motivo pra isso acontecer.
Veja que interessante o que li recentemente:

A elaborada tapeçaria da nossa experiência não é estocada na memória - ao menos não em sua totalidade. Em vez disso, para ser comprimida para estocagem, ela é em primeiro lugar reduzida a alguns fios fundamentais, como uma frase que resume uma sensação (“o jantar foi frustrante”) ou um pequeno conjunto de características-chave (carne mal passada, vinho ruim, garçom ranzinza) 2

É por isso que sempre quando digo que não terei condições de ter outro filho pelos trancos e barrancos que passei com os primeiros 3 anos da maternidade de minha primeira e única filha, muitas amigas e conhecidas dizem "Que nada! Você vai ver: vai esquecer tudo o que passou e vai ter outro".

De fato, esquecemos os detalhes importantes da grande maioria das nossas experiências, como dito acima, principalmente as desagradáveis (nossa mente é uma verdadeira trapaceira!) o que nos torna mais suscetíveis a cometer o mesmo erro de novo!

Mais tarde, quando queremos nos lembrar da nossa experiência, o cérebro rapidamente “retece” a tapeçaria, fabricando - não através de um resgate de fato - o grosso das informações que experimentamos como memória. (...) Assim, quando criamos expectativas sobre eventos futuros, dependemos somente das distorções das nossas experiências passadas, das nossas falhas memórias. (...) Nossos cérebros literalmente mudam nossas lembranças em retrospecto, de modo a encaixar nossas presentes expectativas. (...) Essa enganosa cognição, baseada em errôneas recordações, nos faz perceber a realidade de forma equivocada e tomar decisões que não maximizam nossa felicidade2

Olha só que cérebro traiçoeiro!

Ou seja, mesmo que eu já tenha percebido que não adianta comprar aquele sapato maravilhoso só porque estou  meio deprê porque no fim das contas a deprê volta e eu me arrependo de ter gasto tal dinheiro , eu continuo fazendo isso.

Ou que não adianta tomar leite condensado toda vez que eu estiver  triste (essa é minha estratégia favorita!)  porque eu vou ficar muito feliz , mas apenas por meia hora!  Meu cérebro irá me fazer  focar naquela meia hora e não nos 20kg que eu engordei tomando essa atitude nos últimos 3 anos ...

Sacaram a enrascada na qual nossa mente nos coloca?

Treinar a mente para a concentração é muito difícil: ela se revolta e continua a recair em antigos hábitos. Você a segura novamente e ela escapa1

A psicanálise, porém, vem me ensinando que a melhor maneira de diminuir a repetição de atitudes que nos tornam tão infelizes (e frustrados) é aproveitar para fazer algo diferente e inusitado todas as vezes que a oportunidade aparecer!
Nossa mente vai se acostumando com os padrões (mesmo com os que não nos trazem benefícios, acredite!) e a tendência é que se torne preguiçosa (porque aquele padrão já é conhecido e familiar) nos influenciando a repetí-lo sempre.

Fazer algo diferente do que estamos acostumados dá um trabalhão pra mente!
Mas é isso que nos torna mais felizes ( e jovens!!!)

Veja quantas coisas diferentes e novas uma criança faz todos os dias ... Veja como sua pele é bonita e 
sua mente é livre de culpas ...

Voltemos ao sapato: se normalmente quando estou meio deprê vou ao shopping center e compro alguma coisa (que me fará  feliz por 3 dias, 1 dia ou quem sabe só 2 horinhas mesmo!), da próxima vez que este sentimento aparecer eu tenho que me esforçar para mudar o roteiro: por exemplo ligar para uma amiga e sugerir um cafezinho, dar uma passadinha na casa da sua mãe só pra dar um abraço ... algo inusitado, que você definitivamente não está acostumada a fazer quando aquele sentimento vem à tona e você sente que vai repetir um velho e péssimo padrão!

Se está difícil começar o pilates, há diversas academias e até personal trainers que oferecem uma aula experimental. Quando você dá a si próprio, por exemplo, o direito de fazer aquela aula (mesmo achando que não vai adiantar, é perda de tempo, você de novo, não vai começar o pilates ...), faça diferente. Experimente este algo novo! Você estará treinando sua mente para novas oportunidades ... e isso fará um bem enorme ao seu cérebro que ficará jovial, fresco e feliz com os novos neurônios que adquiriu!

Acreditem .... comecei a experimentar esta técnica recentemente. A primeira vez que mudei o roteiro de um hábito padrão (semana retrasada) a sensação foi indescrítível.
Tente, você vai gostar.

Me senti leve, livre e sem um peso enorme nos ombros.
E muito orgulhosa de mim mesma pois não repeti o velho e mau hábito. Fiz diferente!

E isso fez toda a diferença naquele dia!




Citações:

1 - Faça o seu coração vibrar - Osho - Ed. Sextante
Para saber mais sobre o controverso e polêmico líder espiritual indiano, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rajneesh

2 - A ciência de ser feliz - Susan Andrews - Ed. Ágora
Saiba mais acessando: 



domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais!


Um Feliz dia dos pais ...
... a todos os homens de bem.

A todos os homens que, 
sabiamente reconhecendo seus limites e 
sua falta de aptidão para tal, 
resolveram não sê-lo.

A todos que são do sexo feminino e assumiram dois papéis.

Aos que são pais dos filhos de seus filhos.

Aos que o são, dos filhos abandonados de outrem.

A todos os pais que não se contentam em ser simples genitores: 
são presentes, participativos, educadores e amigos de seus filhos.

Meu mais profundo respeito e admiração!






sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Sofá


Este post soará um tanto melancólico, com gosto daquelas comédias românticas bem açucaradas e com tom de um livro de Sidney Sheldon ...

Tudo por causa do sofá, que acaba de sair pela minha porta. Sabe, era apenas um sofá, quer dizer, deveria ser apenas um sofá que doado a uma pessoa maravilhosa que é meu braço direito aqui em casa há mais de 3 anos, segue para uma nova casa, um novo lar ... um marido e dois filhos ela tem ... certamente o melhor sofá que eles já tiveram na vida ... ela saiu daqui tão feliz com o sofá, agradeceu muitas, muitas vezes! .

E forte ele foi ... 9 anos aqui em casa com a gente!
Ele deveria ser apenas um sofá,

[Do ár. suffa(t), ‘esteira’; ‘coxim’, pelo turco sofa e pelo fr. sofa.]
Substantivo masculino.
Móvel, estofado ou não, ordinariamente com braços e encosto, onde podem sentar-se duas ou mais pessoas.

mas por algum motivo muito idiota, agora que o vi partir em cima de uma perua Kombi e subir a rua, ainda majestoso e bonito, senti uma melancolia tão grande ao fechar a porta de casa!

Aquele sofá, que deveria ser só um sofá, acompanhou o início do meu casamento, muitos filmes assistimos nele, em muitas sonecas que tiramos antes de sermos pais logo após o almoço assistindo à TV ele nos acolheu, depois assistiu à chegada da nossa filha e ainda recentemente suportou todas as cambalhotas e pulos dela ... teve um pouco de leite com chocolate derramado, afinal era nele que há 2 anos minha filha tomava o leite da manhã assistindo a seus desenhos favoritos. Quando chegou o novo sofá hoje, eu percebi que ela ficou meio desajeitada, tentava se acomodar no novo sofá pra ficar comfortável como no velho.

Teve até sangue de um dedo cortado; um pouco de xixi que um dia escapou numa troca de fraldas, respingos de suco de uva ... Era pra ser só um sofá mas como foi o objeto mais usado desta casa e por esta família, sua despedida teve um gostinho de boca seca ... afinal, assistiu também aos momentos difíceis que passamos por causa da minha depressão. Muitas lágrimas eu chorei naquele sofá, muita angustia e dúvida eu senti ... muitos amigos e familiares queridos eu recebi nele, muitas gargalhadas também foram entoadas em cima dele ... Foi o primeiro sofá que minha filha sentou, foi nele que se apoiou para andar a primeira vez ...

       E assim, no dia em que meu marido me diz pela manhã que um colega de trabalho de apenas 35 anos de idade morreu de infarto nesta madrugada, deixando esposa e duas filhas pequenas  eu estou sentindo a falta do meu sofá! Ele já estava acostumado com meu pesar!

E choramos juntos ao telefone, aquele choro contido e dolorido de quem sente medo da fragilidade da vida e da falta de sentido de algumas perdas ... aquele choro apertado e angustiado que soa “e se fosse meu marido?”.

        E eu sinto muito, muito mesmo, sinto profundamente que a correria, o estresse e a falta de amor e paz uns com os outros esteja matando tantos jovens pais de família.

E eu me sinto tão ridícula por ter ficado triste com a ida do meu sofá! Outro já está aqui em seu lugar. Mas pessoas não podem ser substituídas. Pais não podem ser substituídos ...e há muitas esposas e crianças no dia de hoje que estào chorando a morte dos seus maridos e pais.

Dedico este post e meus sentimentos mais nobres a todas estas mulheres e crianças.






sábado, 30 de julho de 2011

Dona Fulana DO Tal




                Grande parte das minhas amigas trocaram seu nome de solteira, adicionando a este o nome do marido, ao se casarem. Uma amiga que morava há alguns anos com o “namorido” chegou até a incorporar o sobrenome dele mesmo sem ter se casado oficialmente (nem no civil, nem na igreja). Tive uma outra amiga que quase ficou neurótica de tanto passar os meses que antecediam seu casamento tentando formar um novo nome que lhe soasse bem ... combinava daqui, combinava dali, e não conseguiu se decidir até duas semanas antes da cerimônia!

                A minha mãe nunca teve o sobrenome do meu pai, isto porque lá na pequena aldeia portuguesa em que eles se casaram na década de 50 isto não era necessário. Foi a primeira mulher casada que conheci que fez isso. Depois fui eu quem fez o mesmo.

                Desde que me conheço por “gente que quer se casar” eu sempre dizia que não mudaria de nome. Sempre senti que isso mudaria minha identidade. Era como se eu negasse minha identidade e origem familiar para me tornar uma outra pessoa, caso o fizesse. E me sinto assim até hoje! Tive a sorte de ter um marido nada machista e “bem pra frentex” sob este ponto de vista.

                Curiosamente, recentemente conversando com minha terapeuta sobre o complexo reino da família, refletimos sobre este conceito. Ela acredita que quando nos casamos, a nossa família passa a ser de fato formada por dois integrantes: o marido e a mulher. Eventualmente, terão ou não filhos que ampliarão esta nova família que acaba de ser formada. Todo o restante (aqueles que chamávamos de família antes de nos casarmos) passam então a ser nossos familiares! E deveríamos nos referir a eles como familiares e não como família. Segundo ela, este conceito é muito importante para o casamento dar certo.

Diante disso, que impacto teria no casamento a mulher ter ou não o nome do marido?

Então, fiquei pensando que talvez faça sentido que esposa e marido compartilhem do mesmo sobrenome mas acredito que legal mesmo seria se estes dois pudessem inventar um novo sobrenome, já que uma nova família será formada. Já pensaram se pudéssemos inventar um sobrenome totalmente novo? Quantos sobrenomes interessantes não apareceriam?

Ou, no máximo, que uníssemos um sobrenome de solteira ao sobrenome do marido como acontece na Inglaterra, por exemplo, algo do tipo Sra. Smith-Jones (sendo o Smith proveniente do nome de solteira e o Jones do marido). Eu seria a Sra. Oliveira-Chieffi.

Mas o que realmente não consigo gostar é da mulher adquirindo o sobrenome do marido pois isso me remete a uma época muito arcaica em que as mulheres eram vendidas (dotes) a seus maridos e este (assim como se marca o casco da pata de um cavalo) crava na mulher seu sobrenome para fazê-la sua, ou seja, de sua posse. É este o motivo de eu nunca ter me simpatizado com esta idéia, tão romantizada na atualidade.

Então, adoraria saber das minhas amigas casadas o que as levaram a incorporar o nome de seus maridos, o que pensaram, idealizaram e sonharam para sua vida de casada através desta modificação.



segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Casamento



Mary Del Priore é uma conceituada historiadora. É dela a fantástica conclusão "O espelho é a nova submissão feminina".

Café Filosófico é um inteligente e delicioso programa da TV Cultura que convida pessoas interessantes para filosofar acerca de um tema de interesse da sociedade contemporânea.

Esta semana a TV Cultura transmitiu a gravação do programa com a historiadora para falar sobre o Amor e as relações entre homens e mulheres ao longo da história da humanidade.

Lá pelas tantas ela revela que as estatísticas atuais atestam que para cada 10 casamentos 07 se dissolverão em até 10 anos. 
Aquilo ficou martelando em minha cabeça por muitas e muitas horas seguidas. 

Achei esse dado assombroso.

70% dos casamentos não sobreviverão a sua primeira década.

Como este ano eu completo 8 anos casada achei que tinha algum direito de filosofar sobre o assunto, mediante informação tão surpreendente!

Creio que a explicação para tal dado deva ser relativamente simples.

Os casamentos atuais não conseguem sobreviver porque as ultimas gerações foram muito mal criadas por pais bastante preocupados em não permitir que seus filhos sofressem, poupando-lhes limites e frustrações.
Para Freud, sabe-se, é impossível desenvolver-se (amadurecer) sem frustrações.
Sendo assim, diante das menores adversidades e fazendo parte de uma sociedade pautada pelo superficialismo e a facilidade em se descartar objetos e pessoas, vamos ao juiz e pedimos divórcios e mais divórcios.
Curiosamente, do outro lado da rua, a igreja não para de realizar casórios e mais casórios. Dá até a impressão que um trabalha em prol do outro.

Para piorar a situação, atualmente a felicidae tornou-se obrigatória. E o prazer também. 24h!

O mais curioso é que pouquíssimas pessoas saberiam dizer no que consiste a tal felicidade.
Se você fosse perguntado o que significa pra você ser feliz, certamente estaria em sua lista um, dois ou mais destes ítens: dinheiro, sucesso profissional, o carro dos sonhos, a mulher/o homem dos sonhos, uma casa com um lindo jardim, uma viagem para Paris e mais um monte de quinquilharias eletrônicas ou não que nos são apresentadas todos os dias pela TV e pela internet.

O fato é que tudo isso nos traz bem-estar e comforto mas não felicidade.

Ao nos casarmos, e eu estou excluindo aqui todos os casamentos que não são feitos por Amor, temos a ilusão de que aquela pessoa tornará nossa vida mais feliz. E como isso não é verdade, porque pessoas (e como já dito, objetos) não podem nos fazer felizes, esta ilusão se dissolve logo nos primeiros anos de casamento.

E começam os conflitos.

Creio profundamente que se

- parassemos de competir com o parceiro
- fizéssemos com ele de fato uma parceria
- compreendêssemos que homens e mulheres são e agem de maneiras distintas pois seus corpos e hormônios, não por acaso, são diferentes e não deveríamos tentar modificá-los e
- fôssemos suficientemente sinceros e honestos com nossos cônjuges

é bem possível que esta estatística fosse invertida, ou seja que apenas 30% dos casais não sobrevivesse aos primeiros 10 anos do casamento.

E, para finalizar: algumas pessoas não foram feitas para o casamento, assim como nem todos tem aptidão para serem médicos, músicos, artesãos, etc. 
É preciso respeitar (e eu incentivo) todos os que tem dúvidas se deveriam ou não casar.

Na dúvida, não se case, se me permite um conselho.

É preciso aptidão para se manter casado.
É preciso gostar de estar casado.
É preciso aceitar e conviver com imperfeições e dissabores nada românticos ...
mas que valem a pena quando amamos alguém!




Recomendações:

Se você é casado há muitos anos, deixe seu comentário sobre sua receita pessoal de sucesso na manutenção de seu casamento. 

Compartilhar também é um ato de Amor.

Por isso esse blog existe e está comemorando 6 meses de vida!

Obrigada a todos que há 6 meses "me leem" e permitem que eu compartilhe as minhas reflexões e meus sentimentos mais íntimos!





Não deixe de assistir ao vídeo (clique aqui): você irá se surpreender com a 
história do amor e do casamento do século 16 até os dias atuais.




domingo, 3 de julho de 2011

Irmão, Cachorro e Natação



Clique nas palavras em roxo ao longo do texto 
para saber mais sobre os assuntos aos quais me refiro.


********************************************************


Quando era criança Mulher Maravilha interpretada por Lynda Carter era minha personagem favorita (juntamente com o Patinho Feio).
Minha melhor amiga que era também minha melhor amiga de infância, a Andréa e eu adorávamos brincar que eu era a Mulher Maravilha e ela Isis (alguém se lembra de Isis,  o seriado?).





Havia na vila em que eu morava uma casa bem grande em cuja enorme janela da sala de estar havia uma gigante grade verde escura. Ao sinal do menor perigo Mulher Maravilha e Isis corriam e escalavam a grade e tudo o mais que fosse necessário para pegar o terrível bandido que ameaçava uma inocente moça. Eu fico pensando o que a elegante artista plástica que morava naquela casa achava dessa situação, mas ela nunca reclamou!

Qual não foi minha surpresa quando depois de bem grandinha, me sinto pressionada pela sociedade na qual vivo em personificar a Mulher Maravilha.

Minha filha nasceu por escolha, eu não me senti pressionada para ser mãe pois a vontade de vivenciar a maternidade apareceu tardia mas espontaneamente. Porém há inúmeras mulheres que são massacradas porque não querem ser mães! E quando são, tem de brincar de Mulher Maravilha pois são pressionadas a terem, “pelo menos”, um segundo filho e um cachorro!!!!

Há um mito de felicidade mais especificamente da classe média de nossa sociedade que fica martelando pais e mães. Trata-se da engessada idéia de que é crueldade pais não darem a seus filhos um irmão e “pelo menos um cachorrinho”.
Minha amiga Ana desesperadamente tenta me convencer de como um cachorro nos fará mais felizes. Várias amigas e conhecidas nos olham com surpresa quando dizemos que Isabela será filha única.
Ficam horrorizadas porque eu não falo Inglês com Isabela, apesar de saber de todas as possibilidades que sua pequena massa cinzenta apresenta para aprender e apreender uma segunda língua.

A gente se sente cometendo um crime!

Quando digo que Isa cuida de quase 30 peixinhos aqui em casa isso não é sequer levado em consideração já que “peixes não interagem com seres humanos”. Quem disse? Nossos peixinhos sabem quando somos nós que estamos nos aproximando do aquário pois reagem de uma maneira totalmente diferente com estranhos.

Mas entendo as preocupações.

 Li diversos artigos que falam sobre os benefícios que um pet pode trazer a uma criança, a importância de se ter um irmão para “aprender a dividir, atacar o egocentrismo natural da criança”.  Sobre a facilidade de as crianças se desenvolverem na primeira infância através de atividades extras como ballet, capoeira e natação.

Sobre filhos únicos há estudos recentes que demonstram que os irmãos não são garantia de melhora da capacidade de socialização de uma criança e nem garantem sua felicidade.

Eu fico aqui pensando  que muitos pais e mães ficam tão preocupados em dar irmãos, gatos, cachorros, periquitos e proporcionar tantas aulas extras quantas forem capazes  a seus filhos que mal tem tempo de investir em sua relação com o parceiro e acabam transformando o ambiente do lar, como muitos dizem, num inferno.

São tantas coisas que deve ficar mesmo difícil manter uma mente sã e um casamento saudável com tantas responsabilidades, tanta gente e animais e tantos afazeres!
Se a preocupação em manter um casamento feliz e filhos bem criados fosse proporcionalmente igual à preocupação com irmãos, pets e natação talvez a nossa taxa de lares desestruturados pelo divórcio ou doentes pelo sofrimento fosse bem menor.

Proponho que pensemos mais simples! 
Que atuemos de forma mais descomplicada.

Respeito todas as pessoas que precisam de tudo isso para serem felizes.
Cada família é um rico universo de variadas escolhas!
Mas há um grupo de pessoas, e isso nada tem a ver com egoísmo, que não querem ter um pet, não estão ansiosas que seus filhos saibam o alfabeto aos 3 anos e sejam fluentes em Inglês aos 6, e não acreditam que a criança será desajustada e infeliz porque não terá irmãos e nunca será chamada de tia ou tio.

Não há regras ou manuais!
Sabemos!

O importante é que cada casal faça as escolhas baseadas em sua verdadeira vontade. Que siga seu coração e seus sentimentos mais puros na hora de conduzir sua relação e a educação de seus filhos.
O que é bom para um casal de amigos, não necessariamente será bom para outro.

E já está cientificamente provado através dos estudos da ciência hedônica que a felicidade: não advém de nenhum objeto, animal ou pesssoa, nem do dinheiro; não depende de fatores genéticos e também não depende de aparência física, boa educação nem juventude.

Vale a reflexão.




Propostas de Leitura:

A ciência de ser feliz - Susan Andrews - Editora Ágora

Nietzsche para estressados - Allan Percy - Editora Sextante

Criando filho único - A recompensa e as oportunidades especiais de relacionamento com seu filho único - Carolyn White - Editora M. Books




sexta-feira, 17 de junho de 2011

A cor do seu carro


A cor do seu carro

Você sabia que existem pesquisas que procuram estudar a relação entre a cor de seu carro e sua personalidade?

Parece que quando escolhemos a cor de nosso carro esta escolha não é aleatória. Somos atraídos pela cor que melhor reflete nossas emoções e nosso jeito de agir. A partir daí, o nosso jeito de conduzir o veículo também sofrerá influência desta escolha.

Agora vamos fazer um teste:

1)    Pense na cor que você mais gosta
2)    Pense na 2ª cor que você mais gosta
3)    Pense na cor que você menos gosta

Para Elaine Marini, pesquisadora de cromoterapia (terapia das cores) e autora do livro Cromoterapia – Dicas e Orientações de como as cores podem mudar sua vida (Editora Nova Era – Record)


“As cores influenciam na personalidade de acordo com a preferência. A primeira cor de preferência de uma pessoa refere-se aos aspectos da personalidade real dela, ou seja, como ela se mostra para os outros. A segunda cor de preferência refere-se aos objetivos da vida, ou seja, o que se almeja da vida. A cor que a pessoa não gosta refere-se às frustrações da vida. Mas é importante destacar que as cores preferidas mudam de acordo com o momento emocional da pessoa” 

Depois de ler um pouco sobre o assunto e analisando as pessoas que conheço e as cores de seus carros, você sabe que eu acho que faz sentido?

Mas eu, por exemplo, só tive carros de cor prata na vida e gostaria muito que as afirmações da pesquisa para essa cor tivessem a ver comigo, como você verá a seguir.

Para a autora, nem precisa ser bom observador para notar a supremacia de carros de cores preta e prata – e todas as suas nuanças. Isso significa que a maioria das pessoas tem personalidade muito parecida? Não, exatamente. Mas significa que essas pessoas têm, ao menos, uma característica determinante em comum: o conservadorismo, o desejo de manter uma tradição, de se evitar mudanças. No caso dessas cores, o aspecto principal a se manter é o da sobriedade. E de garantir a “venda fácil” do carro, pois há uma lenda estabelecida de que qualquer cor diferente daquelas pode dificultar a revenda.

Por esse motivo, as revendas preferem apostar no preto ou no prata e correr menos risco de ter carros encalhados no estoque – o que gera um círculo vicioso. O cliente vai à loja pensando em comprar um carro vermelho. O vendedor, no entanto, lhe informa que nessa cor não tem o produto para pronta-entrega e que o encomendará à fábrica. Logo, demorará a chegar. Mas se o cliente não quiser esperar, tem o mesmo carro na cor prata. E lá se vai mais um “monocromático”. A Fiat, por exemplo, oferece uma extensa lista de opção de cores para seus modelos – o Stilo tem 12. Mas quais dominam? De acordo com o pessoal da fábrica, 70 % dos Stilo são vendidos nas cores prata/preta. É louvável o fato de que a versão Schumacher, oferecido apenas em vermelho ou amarelo, represente 60 % das vendas entre as versões 16V. Talvez sinal de que “nem tudo está perdido”.

Agora, se sua preferência por esses tons vem do fundo do coração, conheça seu significado e o que ele diz sobre você:

Prata: o simbolismo do prata é bastante semelhante ao do Branco – tanto o lado positivo quanto o negativo. Está associado a verdade, beleza, integridade e pureza e também a monotonia e dispersão.

Preto: apesar de presença do preto nas roupas poder significar também uma personalidade anti-social, os que optam por carros dessa cor gostam de passar a imagem de sobriedade, responsabilidade e respeito às normas estabelecidas, além de autoridade e tradicionalismo. Geralmente, são pessoas que também gostam de parecer misteriosas e têm dificuldade de demonstrar o que sentem.

Mas fuçando na net eu descobri que um estudo da seguradora britânica Churchill Insurance revelou que carros pretos são os que mais se envolvem em acidentes, especialmente graves! Seus condutores, assim como os que preferem os carros vermelhos são os mais agressivos no trânsito.


Vermelho: motivação, persistência, vontade e paixão são algumas das características que definem essa cor. Ter escolhido um carro vermelho sugere que você tem iniciativa, disposição e energia para agir, resolver problemas, criar soluções e viver de forma intensa. Você gosta de chamar a atenção e parecer forte. Outro traço é a tendência de ser rancoroso, briguento e, às vezes, expressar-se com raiva ou agressividade.

Laranja:  coragem, desejo de aventura, criatividade, confiança e necessidade de transformações na vida estão na alma dos apaixonados por essa cor. Divertido e entusiasmado, os donos de carros de cor laranja costumam ser a companhia que todos querem por perto. Um carro com essa cor denuncia também uma tendência ao exibicionismo e desejo de controlar pessoas e situações.

Amarelo: otimismo, esperança e atração pelo conhecimento refletem o temperamento dos que optam pelo amarelo. Quando se vê um carro dessa cor, logo se imagina um motorista jovial, alegre, original e capaz de tomar decisões segundo suas próprias idéias. Tem de se ficar atento, porém, à propensão ao isolamento e ao comportamento vingativo. (Exceção para os táxis do Rio de Janeiro, que são amarelos).

Verde: calma, tranqüilidade e busca do equilíbrio traduzem os fãs do verde. É uma cor associada também à natureza e ao ambiente harmônico. Optar por esta cor pode denotar motoristas que se importam muito com a segurança, que preferem o anonimato e buscam a justiça. Por outro lado, o espírito livre e cooperativo tende, às vezes, a contrastar com a avareza, a indiferença e a estagnação, ou seja, pessoas que não dão ponto sem nó.

Azul: “eu quero paz!”. Este poderia ser o lema dos amantes do azul, que preferem a quietude, a tranqüilidade e são mais voltadas para a razão do que para a emoção. Desconfiar de que a vida é mais do que ela apresenta, ser reflexivo, sereno e leal são qualidades que também podem estar presentes no perfil desse motorista, os menos estressados do trânsito. Ter inclinação ao devaneio, à solidão e inação são posturas que estão do outro lado da balança.

Roxo: respeitar a si mesmo deve ser a principal virtude do motorista que opta por essa cor, além de dignidade, auto-estima e dons criativos. O roxo remete à prosperidade e à criatividade. Sendo a cor típica da realeza, sugere o gosto pelo nobre e pelo sublime. O lado negativo está no orgulho exagerado, na arrogância e em uma falsa concepção de superioridade sobre os demais.

Magenta: maturidade aliada à capacidade de amar são os potenciais dessa cor, que une também dedicação, comprometimento, capacidade de compreensão e habilidade para administrar quaisquer assuntos. Sensual e afetuoso, dificilmente um apaixonado por essa cor é do tipo que arruma confusão no trânsito. O aspecto negativo do magenta pode acarretar arrogância, desejo de monopolizar os outros e egoísmo.

Branco: clareza, verdade, pureza, paz e limpeza são alguns das qualidades que podem ser encontradas em quem compra um carro branco. Por captar a energia solar, o branco é vibrante e estimula os sentidos. Em seu aspecto negativo, pode representar inclinação à monotonia e à dispersão. Ao menos em São Paulo, o desejo de não ser confundido com um táxi certamente interfere na escolha por essa cor.

Marrom: estabilidade é a principal característica dessa cor. Associado à terra, o marrom pode simbolizar o desejo de construções sólidas, de bases firmes, enraizadas. Por ser o resultado do preto com o vermelho, o marrom abarca também características das duas cores: autoridade, motivação, comprometimento. Pessoas que preferem essa cor são dedicadas ao trabalho, aos amigos e à família, além de terem a capacidade de ir fundo em qualquer situação, de forma simples. No lado negativo, pode significar insegurança e instabilidade.

Dourado: o dourado está, historicamente, associado à realeza, à prosperidade. Como cor quente, favorece as emoções, o ardor, indicando um temperamento estimulante e excitante. As cores luminosas indicam também uma postura mais otimista frente à vida. O lado não tão glamoroso dessa escolha por ser a busca exagerada por status e a necessidade de provar superioridade.

E então, você concorda?








myfreecopyright.com registered & protected